As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão para o Inferno (Dogma).
«Morrer em pecado mortal, sem arrependimento e sem dar acolhimento ao Amor misericordioso de Deus, é a mesma coisa que morrer separado d'Ele para sempre, por livre escolha própria.
«E é este estado de auto-exclusão definitiva, da Comunhão com Deus e com os Bem-aventurados, que se designa pela palavra "Inferno"». (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1033)
«A Doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade.
«As almas, dos que morrem em estado de pecado mortal, descem, imediatamente depois da morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno".
«A principal pena do Inferno consiste na Separação eterna de Deus, único em Quem o homem pode ter a vida e felicidade para que foi criado e a que aspira».
(Catecismo da Igreja Católica, n.º 1035)
Quem, até ao último instante da sua vida na terra, rejeita o Amor e a Misericórdia de Deus e morre em pecado mortal, separa-se de Deus para sempre.
O Inferno aparece então como a «última consequência do próprio pecado, que se vira contra quem o cometeu.
«É a situação em que se coloca quem rejeita a Misericórdia do Pai, também no último instante da sua vida...
«O Inferno é o lugar de pena definitiva, sem possibilidade de retorno ou de mitigação do sofrimento».
(Cf. Lc 16, 19-31; João Paulo II, Audiência Geral de 28 de Julho de 1999)
Jesus ameaça os pecadores (obstinados) com o "castigo eterno do Inferno".
Chama-lhe 'Geena' (Mt 5,29s; 10,28; 23,15 e 33; Mc 9,43,45 e 47).
Originariamente, significa 'vale de Ennom', 'geena de fogo' (Mt 5,22;18,9).
'Geena', onde o verme não morre nem o fogo se extingue (Mc 9,46s).
Fogo eterno (Mt 25,41); Fogo inextinguível (Mt 3,12; Mc9,42).
Forno de fogo (Mt 13,42 e 50); Suplício eterno (Mt 25,46).
Ali existem trevas (Mt 8,12); gritos (choro) e ranger de dentes (Mt 13,42 e 50; 24,51); Lc 13,28).
S. Paulo dá o seguinte testemunho:
«Esses [os que não conhecem a Deus nem obedecem ao Evangelho] serão castigados na ruína eterna, longe da Face do Senhor e da Glória do Seu Poder» (2 Tess 1, 9; cf. Rom 2, 6-9; Heb 10, 26-31).
Segundo o Apocalipse (21, 8) os ímpios [os sem Deus na Sagrada Escritura] terão a sua parte no «lago de fogo e de enxofre...
«Aí serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos» (Ap. 20, 10; cf. 2 Pd 2, 4).
«Com efeito, Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, precipitando-os no Inferno, entregou-os a um fosso de trevas...» (Lc 12, 4-5).
«Não temais os que matam o corpo e depois nada mais podem fazer.
Vou mostrar-vos a quem deveis temer: Temei aquele que, depois de matar, tem o poder de lançar na Geena.
Sim, eu vo-lo digo, a esse é que deveis temer».
No início do século II, Santo Inácio da Antioquia (110 DC) afirma:
«Todo aquele que, pela sua péssima doutrina, corromper a Fé em Deus, pela qual foi crucificado Jesus Cristo, irá para a fogo inextinguível, ele e aqueles que o escutam» (Eph 16, 2).
A Igreja, ao longo dos séculos, definiu dois elementos no suplício eterno do Inferno:
A "pena de dano" (suplício da privação), e a "pena dos sentidos" (suplício dos sentidos).
A "pena de dano" é o que constitui propriamente a essência do castigo do Inferno, e consiste em ver-se privado da Vista de Deus e de todos os bens que se associam a ela. (Cf. Mt 25, 41)
«Apartai-vos de mim, malditos!» (Mt 25, 12), e «não vos conheço».
A "pena dos sentidos" consiste nos tormentos causados externamente pelos meios sensíveis.
A Sagrada Escritura fala com frequência do fogo do Inferno, aonde são lançados os condenados; e designa o Inferno como um lugar aonde reinam os "gritos e o ranger de dentes", imagem esta de dor e desesperação.
* Fátima - A Visão do Inferno...
O Magistério da Igreja nunca se pronunciou abertamente sobre a natureza do fogo do Inferno, mas a maior parte dos Padres escolásticos e de quase todos os Santos e Teólogos supõem a existência de um fogo físico ou agente de ordem material, ainda que insistam que a sua natureza é distinta do fogo actual.
A acção do fogo físico, sobre os seres puramente espirituais, é explicada por S. Tomás de Aquino - seguindo o exemplo de Santo Agostinho e S. Gregório Magno -, como sendo a sujeição dos espíritos ao fogo material, que é instrumento da Justiça Divina.
Os espíritos ficam sujeitos desta maneira à matéria, não dispondo de livre movimento (Suppl. 70, 3).
É impressionante, mas é de Fé, que a pena de sentido principal consiste no tormento do fogo, e que este não é metafórico, mas verdadeiro e real, apesar de desconhecermos a natureza do mesmo.
De qualquer natureza que seja o fogo do Inferno, ele atormenta não somente as almas dos condenados, mas também atormentará os seus corpos após a Ressurreição final.
O facto de que o fogo do Inferno atormenta as almas, e após a Ressurreição final, também os corpos, é uma Verdade de Fé.
Consta claramente na Sagrada Escritura que os demónios padecem a pena do fogo (Mt 25, 41), e o mesmo em relação às almas separadas (Lc 16, 24).
A Igreja definiu que: «As almas dos que morrem em pecado mortal descem imediatamente ao Inferno, aonde são atormentadas com penas infernais» (Dz 531).
Santo Afonso Maria de Ligório, declara:
«E ainda dizem alguns insensatos: "Se for para o Inferno, não irei só..."
«Infelizes! Quantos mais réprobos haja aí, maiores serão os seus tormentos!
Ali - diz S. Tomás - a companhia dos outros condenados não alivia, antes aumenta a infelicidade comum.
«Muito mais sofrerão, sem dúvida, pela fetidez asquerosa, pelos lamentos daquela multidão desesperada e pela estreiteza em que se encontrarão amontoados e oprimidos, como ovelhas em tempo de inverno (Sl 48, 15), como uvas prensadas no lagar da Ira de Deus (Ap 19, 15).
«Padecerão do tormento da imobilidade (Ex 15, 16).
Tal como cai o condenado no Inferno, assim há-de permanecer imóvel, sem que lhe seja dado mudar de local, nem mover uma mão ou um pé, enquanto Deus seja Deus».
(Preparação para a Morte, Cap. 26, Das penas do Inferno)
Diz a Sagrada Escritura:
«Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe:
"Amigo, como entraste aqui, sem o traje nupcial?"
Mas ele emudeceu. E o rei disse então, aos servos:
"Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores".
Ali haverá choro e ranger de dentes» (Mt 22, 11-13).
«É coisa terrível cair nas mãos do Deus Vivo» (Heb 10, 31).
«Então, o Rei dirá também aos da esquerda:
"Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos".
E estes irão para o tormento eterno; mas os justos irão para a Vida eterna» (Mt 25, 41, 46)
Muitos infelizes minimizam as palavras de Cristo, porque, segundo eles, a Justiça Divina deveria ser do tamanho da sua tacanha inteligência, e fazem de Deus um "Super-homem", ou "um Deus à imagem da Terra"...
Esquecem-se, porém, que a Majestade de Deus e a sua Santidade são infinitas, e que o pecado mortal é o pior e maior dos males (uma ofensa igualmente infinita à Divindade)!
A todos os infelizes que não querem pensar na Justiça Divina, sob o falso pretexto de assim poderem continuar a pecar impunemente, aplica-se a máxima de Eusébio de Cesareia:
«Infeliz daquele que agora se ri do Inferno, porque deverá experimentá-lo pessoalmente, antes mesmo de crer nele!»
O Inferno é um lugar de tormentos (cf. Lc 16, 19-31), é o conjunto de todos os males sem mistura de bem algum e sem fim.
Ou, como dizia S. Pio X: «O Inferno é o sofrimento eterno, que consiste na privação de Deus, nossa Felicidade, e no fogo com todos os outros males, sem bem algum».
(Clique na imagem para ler melhor)
«Deus não predestina ninguém para o Inferno.
Para ter semelhante destino, é preciso haver uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir nela até ao fim».
(Catecismo da Igreja Católica, n.º 1037)
«Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4).
O que é o pecado?
O pecado é «uma transgressão voluntária à Lei de Deus».
O pecado mortal supõe sempre três elementos essenciais:
1. Matéria grave, ou, pelo menos, considerada como tal.
2. Advertência plena; isto é, o conhecimento de que a matéria é grave.
3. Consentimento, ou aceitação pela vontade; isto é, querer esse mal, mesmo sabendo que é proibido e que é grave.
Se a matéria é grave e se a advertência e o consentimento são plenos, comete-se pecado mortal.
Só se comete pecado mortal quando se peca em matéria grave.
E para além de se reconheer claramente tratar-se de uma falta grave, é requerido que, ao mesmo tempo, se consinta plenamente nela.
Portanto, só comete pecado mortal quem peca voluntariamente, isto é, com pleno conhecimento e inteiro consentimento, em matéria grave.
Logo, sem conhecimento nem liberdade, não existe pecado grave.
Segundo S. Tomás de Aquino, o pecado é «um acto pelo qual nos afastamos de Deus, nosso último fim, prendendo-nos livre e desordenadamente a qualquer bem criado (considerado proibido)» (S. Thom. I, II, q.71-73).
E diz-nos Santo Afonso Maria de Ligório, na sua Preparação para a Morte, Cap. 26, das Penas do Inferno:
«Dois males comete o pecador quando peca: Abandona Deus, Bem infinito, e entrega-se às criaturas».
«Porque o meu povo cometeu um duplo crime: Abandonou a Mim, nascente das águas vivas, e construiu cisternas para si, cisternas rotas, que não podem reter as águas» (Jr 2, 13).
«Porque o pecador se entregou às criaturas, com ofensa a Deus, justamente será atormentado no Inferno por essas mesmas criaturas, pelo fogo e pelos demónios, constituindo esta a 'pena dos sentidos'.
Mas como a sua maior culpa, na qual consiste a maldade do pecado, é ter-se afastado de Deus, a pena maior que há no Inferno é a 'pena de dano', ou seja, a carência da Vista de Deus, por tê-Lo perdido para sempre».
(Cf. Antonio Royo Marin, Teologia da Perfeição Cristã, acerca do Pecado mortal)
O pecado mortal sendo um mal gravíssimo - o pior de todos os males e uma enorme ofensa a Deus! -, por isso mesmo Deus castiga-o severamente.
Tendo presente que Deus é infinitamente Justo, não pode infligir aos culpados um castigo menor do que merecem; mas porque Ele é também infinitamente Misericordioso, castiga os culpados menos do que merecem, pois tempera o rigor da Sua perfeita Justiça com a Sua imensa Bondade.
É necessário, pois, que o pecado seja uma suprema abominação, para ser punido tão rigorosamente, com penas eternas, embora sempre na proporção do respectivo delito.
Assim mesmo, por um só pecado mortal:
- Milhões de anjos do Paraíso converteram-se em horríveis demónios, por toda a eternidade.
- Foram expulsos do Paraíso terrestre os nossos primeiros pais, Adão e Eva, submergindo a humanidade num mar de lágrimas e doenças, guerras e mortes.
- Serão mantidos no Inferno, por toda a eternidade, os culpados a quem a morte surpreende em pecado mortal (como sendo isso mesmo uma Verdade de Fé, divinamente revelada).
O Verbo de Deus, Jesus Cristo, o Filho muito amado, em Quem o Pai pôs todas as Suas complacências (Mt 17, 5), quando quis ser fiador do homem ingrato, teve de sofrer os terríveis tormentos da Sua Paixão, e sobretudo, experimentou em Si mesmo - enquanto representante e vítima da humanidade pecadora - a indignação da Justiça Divina, até ao ponto de fazê-lo exclamar no meio de uma dor e agonia imensas:
«Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonas-te?» (Mt 27, 46).
A razão de tudo isso é realmente porque o pecado sendo uma injúria tremenda contra o próprio Deus, cujas Majestade e Santidade são infinitas, existe por isso mesmo uma distância infinita entre Deus e a criatura.
Ora, tendo em conta que a Dignidade de Deus é infinita, o pecado, como gravíssima ofensa a Deus, encerra igualmente, em si mesmo, uma malícia de certo modo também infinita, visto que a Dignidade do Ofendido é verdadeiramente infinita e insondável.
Daí, o castigo terrível que pesa sobre o pecador, quando este livremente escolhe o pecado como malícia e ingratidão.
Em lugar de amar e adorar o Criador, ele ama e reverencia as criaturas e as coisas opostas ao Criador e à Sua Lei, porque aspira a ser «como Deus»; isto é, a ser "livre" fora do seu Criador, estabelecendo ele mesmo as «leis» pelas quais quer existir, na sua ambição de prazer e liberdade proibidos e sem limites.
Isto é, pretende próprio homem ser "deus", à sua maneira, pois quer definir o que deve ou não fazer, e dessa forma cai na velha tentação do Diabo:
«Não, não morrereis; porque Deus sabe que, no dia em que comerdes o fruto proibido, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficando a conhecer o bem e o mal» (Gn 3, 4).
O homem é criatura de Deus, e como tal deve obedecer-Lhe, pois se têm algo de bom, deve-o ao seu Criador.
Mas na sua soberba, ele, para não ser confrontado com o seu crime de desobediência às Leis do seu Criador - que é uma Lei de Amor e foi colocada para garantir a felicidade de todos e não só de alguns -, opta por fazer-se a si mesmo de 'deus', arrogando-se a definir o que é bem e o que é mal.
O pecado pressupõe uma ingratidão espantosa, pois por ele, o homem usurpa os Direitos Divinos de Honra e Glória, substituindo-se a Deus! Que aquele que é menos que um átomo, se ensoberbeça perante o Criador Supremo de tudo e de todos, é o supremo dos males, e só por isso merecerá o supremo dos castigos: o Inferno!
«Todo aquele que permanece em Deus não se entrega ao pecado; e todo aquele que se entrega ao pecado não O viu nem O conheceu...
Quem comete o pecado é do Diabo, porque este peca desde a origem.
Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do Diabo...
Nisto é que se distinguem os filhos de Deus e os filhos do Diabo».
(Cf. 1 Jo 3, 6-10)
«Se alguém vir que o seu irmão comete um pecado que não leva à morte, peça [a Deus], e dar-lhe-á vida.
Não me refiro aos que cometem um pecado que não leva à morte; é que existe um pecado que conduz à morte; por esse pecado não digo que se reze.
Toda a iniquidade é pecado, mas há pecados que não conduzem à morte» (1 Jo 5, 16-17).
Logo, segundo S. João, existe um pecado que conduz à morte!
É a este pecado que conduz à morte eterna da alma, que a Igreja, desde o início da Era Cristã, chama de «pecado mortal» - porque dá a morte à alma, fazendo-a perder a Graça santificante, que é a vida da alma, como a alma é a vida do corpo.
Aliás, já dizia S. Paulo ao Hebreus:
«Pois, se pecarmos voluntariamente e com pleno conhecimento da verdade, já não há sacrifícios pelos pecados.
Aguarda-nos apenas um julgamento tremendo e o ardor de um fogo que consumirá os adversários» (Hb 10, 26-27).
Eis os efeitos que o 'pecado mortal' produz na alma do pecador:
1. Perda da Graça santificante, das virtudes infusas e dons do Espírito Santo.
Supressão do influxo vital de Cristo, como o sarmento separado da videira.
Priva a alma da Graça de Deus e da amizade de Deus.
2. Perda de presença amorosa da Santíssima Trindade na alma.
3. Perda dos méritos adquiridos em toda a vida passada, tornando-a incapaz de adquirir novos méritos.
4. Feiíssima mancha na alma, «mácula animae», que a deixa tenebrosa e horrível, à Visão Divina.
5. Torna a alma escrava de Satanás, aumento das más inclinações e remorsos de consciência.
6. Fá-la merecer o Inferno, e também os castigos desta vida.
O pecado mortal é o Inferno em potência. É um verdadeiro suicídio da alma e da vida da Graça de Deus em nós.
A Eternidade do Inferno:
As penas do Inferno duram por toda a Eternidade (Dogma).
O Capítulo Firmiter, do Concílio de Latrão (1215), declarou:
«Aqueles [os réprobos] receberão, com o Diabo, o suplício eterno».
(Dz 429; cf. Dz 40, 835, 840)
A Sagrada Escritura coloca muitas vezes em relevo o carácter "eterno" das penas do Inferno, pois fala-nos da «eterna vergonha e confusão» (Dn 12,2; cf. Sb 4,19); do «fogo eterno» (Mt 18,8;25,41); do «suplício eterno» (Mt 25,46), e da «ruína eterna» (2 Tes 1,9).
O epíteto «eterno» não pode entender-se no sentido de uma duração muito prolongada, mas, no final de contas, limitada.
Assim o provam os lugares paralelos em que se fala de «fogo inextinguível» (Mt 3, 12; Mc 9, 42, 46).
Igualmente, evidencia-o a antítese «suplício eterno» e «vida eterna» (Mt 25, 46).
Segundo o Apocalipse (14,11; 19,3), «o fumo do seu tormento [do condenado] subirá pelos séculos dos séculos», isto é, sem fim. (cf. Ap. 20,10)
A «restauração de todas as coisas», que se nos fala em Actos (3, 21), não se refere à sorte dos condenados, mas à renovação do mundo que terá lugar com a Segunda Vinda de Cristo.
Desigualdade do sofrimento dos condenados:
A quantidade da pena de cada um dos condenados é diversa, segundo o grau diverso da sua culpa (Sentença comum).
Os Concílios de Lyon e Florença declararam que as almas dos condenados são afligidas com penas desiguais. (Dz 464, 493)
Jesus ameaça os habitantes de Corozain e Betsaida, assegurando que por sua impenitência hão-de ter um castigo muito mais severo que os habitantes de Tiro e Sidon. (Cf. Mt 11, 22; Lc 10, 12-15)
Os escribas terão um juízo mais severo (Lc 20, 47).
(Ver também: Lc 12, 47-48; Jo 19, 11 ;Tg 3, 1)
Santo Agostinho ensina-nos que «a infelicidade será mais suportável a uns condenados do que a outros» (Enchir. III).
A Justiça Divina exige que a magnitude do castigo corresponda à gravidade da culpa.
E Deus, como diz S. Pio X, "premeia os bons e castiga os maus, porque é Justiça Infinita" (e não apenas Misericórdia, como arrogante e rebeldemente pretendem muitos).
Fonte principal:
Últimas e Derradeiras Graças
Adaptação:
NOVÍSSIMOS DO HOMEM
4 comentários:
* * *
= Para Variar =
Fiquemos hoje com um magnífico pensamento e conselho da Beata Teresa de Calcutá, em oposição ao 'Inferno eterno' que, este sim, devermos evitar a todo o custo, ainda que tivéssemos de viver mais mil vidas, mil vezes mais sofrimentos e tribulações, neste ilusório e efémero mundo de provações, como última e definitiva etapa, a fim de conquistarmos a Vida Eterna:
* * *
As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas...
Ame-as mesmo assim!
Se você tem sucesso nas suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos...
Tenha sucesso mesmo assim!
O bem que você faz será esquecido amanhã...
Faça o bem mesmo assim!
A honestidade e a franqueza tornam-no vulnerável...
Seja honesto mesmo assim!
Aquilo que você levou anos a construir, pode ser destruído de um dia para o outro...
Construa mesmo assim!
Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo se você ajudá-los...
Ajude-os mesmo assim!
Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de machucar-se...
Dê o que tem de melhor mesmo assim!
* * *
+ Beata Teresa de Calcutá, rogai por nós!
Cordial e fraternal abraço, querido/a irmão e irmã, para que, por Deus e Seu amor, façamos sempre o que podemos e devemos... "mesmo assim".
José Avlis
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= Suplemento Relacionado =
NADA ADMIRÁVEL MUNDO NOVO !
(Thiago Zamboni)
Prédios por todos os lados,
Fábricas, Lojas, Mercados e Construções
Outdoors, Postes, Fios, Cartazes, Muros pixados
Automóveis, Fumaça, Trânsito, Bozinas, Barulho…
Placas, Semáforos, Faixas,
Copos descartáveis, Papéis, Lixo, Restos
Pessoas descartadas, maltrapilhos, jogados na rua e nas praças
Meninas vendendo seus corpos numa avenida em plena luz do dia.
Doentes agonizando nos hospitais…
Velhos e Crianças abandonados nos asilos e orfanatos…
Celular, internet, Tv a cabo, Revistas, Novelas, Big Brother
Luxo, Jóias, Perfumes, Comida, Bebida, Baladas…
Pessoas de Plástico, de Borracha, vazias por dentro…
É esse o mundo que Deus criou?
Definitivamente não!!
Os primeiros capítulos do Livro do Genesis contam a historia da criação anode Deus cria o céu e a terra, estrelas, água, mares, todas as plantas, frutos e o todos os animais da terra. E por ultimo Deus cria o homem a sua imagem e semelhança e no fim, Deus vê que tudo aquilo que ele criou é muito bom! (Gen 1, 31)
E quem foi que nunca parou um dia para admirar a beleza da criação divina? Ela está presente em todos os lugares!
Quem nunca parou para olhar a beleza de um por do sol, que pinta o céu de cores que nenhum artista no mundo consegue fazer igual? Ou então quem nunca observou a lua cheia no céu ou uma noite estrelada, que já serviram de inspiração pra tantas poesias e que já uniram tantos casais nesse mundo?
E existe coisa melhor do que sentar-se na grama, sobre a sombra de uma grande árvore, ouvindo os pássaros cantando?
Que tal então observar o mar, ouvir o barulho do vento? Isto não traz uma profunda paz?
Quem nunca se encantou com o sorriso e a inocencia de uma criança? Ou a beleza de dos olhos de uma pessoa amada?
Quem nunca se encantou com um filhote de cachorro ou gato ou outro bichinho qualquer?
Deus criou tudo lindo e perfeito e podemos encontrá-lo a cada dia, na beleza de sua criação.
Mas parece que homem cada vez mais insiste em se afastar de Deus, destruindo tudo o que ele criou e construindo um mundo de caótico aonde as pessoas cada vez mais se consomem em busca de bens, de dinheiro, de prestígio, de status, de conforto e luxo… buscam uma felicidade que nunca virá, vivendo uma vida ilusória, quando tudo o que precisam pra ser feliz é a simplicidade e o amor!
Vamos comparar! Antigamente não existiam recursos tecnológicos, não existiam carros, internet, tv, celular, nem roupas de grife, nem lojas e nem produtos industrializados.
As pessoas viviam no campo, plantavam e colhiam para o seu próprio sustento, tomavam banho nos rios, andavam de carroça.
Não existia o chamado dinheiro, cada um plantava algo diferente do outro e aquilo que sobrava, trocavam com o vizinho, dessa forma, todo mundo sempre tinha de tudo.
Não existiam relógios, despertadores e nem preocupações na hora do sono com contas pra pagar. As pessoas sabiam a hora de levantar, de almoçar e de dormir, sabiam as horas apenas se guiando pela variação da luz e posição do sol.
A noite as pessoas se reuniam ao redor da casa e conversavam, vinham os vizinhos, tocavam viola…
Hoje em dia, as famílias mal conversam! Vivem envolvidos demais, cada um no seu mar de problemas, cada um nas suas atividades durante o dia e mal possuem tempo uns para os outros e a noite, preferem sentar em frente uma Televisão pra assistir ao Big Brother Brasil, do que para conversarem, rezarem.
(Continua na 2.ª Parte)
J. M.
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NADA ADMIRÁVEL MUNDO NOVO !
(2.ª Parte)
Antigamente, as famílias iam a missa aos Domingos. As mulheres e os homens vestiam-se bem, com vestidos costurados a mão, com Palitós elegantes. As crianças eram bem comportadas.
Hoje em dia, vai cada um para um lado e muitas vezes quando vão a missa, vão trajados de forma não muito decente.
Não sou contra a tecnologia, nem contra a tv, a internet, carros ou tudo que foi inventado até hoje. Seria uma hipocrisia da minha parte criticar algo que faz parte da minha vida.
Tudo que existe, existe graças a sabedoria divina que Deus emprestou para o homem.
Graças a ciencia e tecnologia, muitas curas para as doenças puderam ser descobertas.
Muita coisa melhorou nas vidas das pessoas!
A Internet por exemplo é uma fonte inesgotável de informações e um meio de comunicação que aproximou e uniu pessoas, tornando possível o que antes era impossível. E Deus tambem pode agir através desses meios.
Mas, tudo o que existe e foi criado pelo ser humano, foi criado a que custo?
Toda tecnologia, todo progresso, a divisão do trabalho, tudo foi feito a que custo?
Muitas destas coisas que temos hoje surgiram a partir da ganancia e com fins não muito justos.
Hoje temos bons exemplos disso acontecendo no mundo.
São enchentes em grandes cidades, aonde a natureza tenta tomar de volta, aquilo que lhe foi roubado pela ganancia do setor imobiliário.
São Terremotos, Tempestades, Furacões… é a natureza reagindo e gritando contra a maldade do homem.
É Pai que mata filho, filho que mata Pai… É corrupção, fome, desigualdade, Má distribuição de renda.
Recentemente, a Volkswagen anunciou e comemorou o aumento da produção de carros no Brasil. Eu pergunto, o que tem pra comemorar nisso?? Porque os engarrafamentos nas ruas das grandes cidades e a poluição tambem aumentaram! Voce compra o carro e fica parado. E ainda leva um problema respiratório de brinde!
E por falar em problemas de saúde, o que dizer dos inúmeros casos de cancer que só aumentam cada vez mais em todas as partes do mundo?
Não seria isso um reflexo da industrialização? Hoje em dia ninguem planta mais e nem cria animais no quintal, compramos tudo no supermercado…mas sera que o que consumimos tem qualidade? É consevante, corante, agrotóxico…
Essa semana ainda, eu estava no MSN e ví naquela seção de notícias, a foto da Ex-Top model Ana Rickman dizendo: Estou muito mais gostosa!
Hora, bolas, aqui entre nós…Existe uma coisa mais inútil do que a “Profissão” modelo, se é que isso é profissão? Coisa mais banal, mais fútil.
A roupa foi feita para cobrir o corpo, apenas isso. Viver para a moda, para o luxo é banalizar a vida. Deus nos criou para coisas mais importantes.
E ainda por cima, quem se importa se ela está mais ou menos “Gostosa” ? Alías, o culto ao corpo é uma coisa ridícula!
Não sou contra as academias, mas acho ridículo quem vai a academia para malhar o corpo só pra chamar a atenção dos outros, para se exibir como um pedaço de picanha no açougue.
Francamente, se for buscando um hábito de vida saudavel, tudo bem… mas se for por vaidade, me desculpe, mas voce está no caminho errado!
Hoje em dia as pessoas só reparam no corpo, na aparencia física umas das outras. O coração, o interior das pessoas é uma coisa que não tem mais valor, uma coisa que fica em Segundo plano e ninguem mais quer conhecer.
(Conclui na 3.ª Parte)
J. M.
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NADA ADMIRÁVEL MUNDO NOVO !
(3.ª e Última Parte)
Tudo isso são sinais dos tempos, só não enxerga quem não quer!
Eu lhes confesso que ao mesmo tempo que estou postando isso no blog, desejaria não estar aqui, com o computador na mão, navegando na internet.
Ando tão cheio dessa vida! Só queria eu poder viver um modo de vida simples! Viver em um lugar verde, tranquilo,silencioso, respirando o ar puro, sem carros, sem fumaça, sem barulho, aonde eu pudesse no silencio encontrar a Deus todos os dias. E viver numa casa simples, como uma boa mulher e que pudessemos nos amar e compartilhar todas as coisas.
Gostaria de ter um trabalho que não me roubasse a vida, que me pagasse nem muito e nem pouco, apenas o suficiente e que eu deixasse pra trás quando chegasse em casa.
Mas parece que hoje em dia é quase impossivel querer viver de forma humilde e minimalista.
A maior parte das pessoas hoje em dia, com raras excessões só buscam o conforto, o luxo, o prazer.
Hoje as mulheres querem homens que lhes proporcionem segurança e conforto financeiro e avaliam o homem pelo carro que ele tem, pelos seus bens, pelo seu modo de se vestir. Amor está ficando em segundo plano.
Não basta mais amar! É preciso ter dinheiro. A prova disso é que hoje as pessoas se casam cada vez mais tarde! Se antes as pessoas se casavam com 18, 20 anos, hoje casam com 30, 35…
Meus Pais se casaram bem jovens…se não me engano com 23 ou 24. E minha Mãe sempre conta que eles passaram por muitas dificuldades, moraram de aluguel, muitas vezes passaram apertos financeiros, situações de praticamente não ter nada na geladeira no final do mês. Mas sempre lutaram e suportaram tudo por amor e não deixaram de ser felizes por causa das dificuldades.
Falta isso aos casais de hoje. Ninguem mais quer se doar e enfrentar dificuldades por amor. Todo mundo quer o conforto e o caminho fácil e é por isso que os casamentos acabam rápido.
De que adianta casar com alguem que tem tudo, que tem casa, carro, status…se n existe amor verdadeiro e se o relacionamento não tem como base, Jesus?
De que adianta ter moveis caros, ter uma casa reformada, ter piscina? De que adianta querer pintar a casa de amarelo, de rosa, de azul, em alto relevo, se a vida n tiver cor?
Porque até uma simples pintura de uma casa deve refletir o interior de quem mora nela! Já pensaram nisso? Qual o objetivo de pintar e decorar uma casa?
Claro que ninguem deve ser casar de qualquer jeito, sem condições para se manter! Mas o dinheiro não pode ser um impedimento ou pré-requisito. O mais importante é ser feliz e amar, estando voltado para Deus. Tudo mais com o tempo vem, mas se não vier amem! Não é errado e nem ruim querer ter algumas coisas, mas precisamos lembrar que o objetivo da vida não é esse!
As pessoas precisam aprender a humildade, aprender a amar e a viver com o necessário, precisam voltar a raíz.
Diante de tudo isso que escrevi, só posso pedir que Deus me de forças para não desanimar da vida. Porque a vida nesse mundo é um eterno vale de lágrimas, um sofrimento sem fim. E sem Deus não dá pra caminhar até o fim.
E rezo pra que Jesus volte logo e transforme esse mundo… porque o homem caminha cada vez mais para o abismo.
Quem quiser comprovar o que estou falando, assistam o documentário chamado SURPLUS abaixo:
"Surplus - La Consommation par la Terreur"
http://video.google.com/videoplay?docid=-7400393743229742503&hl=pt-BR#
Fonte: Blog "Is this Real Life?"
http://tzamboni.blogspot.com/
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J. Mariano
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