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Preparemo-nos bem para a hora da Morte e do Juízo,
a fim de escaparmos ao Inferno e ganharmos o Paraíso!


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Visões de S. João Bosco - III
* O INFERNO - 2


+ Só a infinita Misericórdia de Deus, aliada à nossa sincera conversão, nos pode livrar do Inferno eterno! + Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno!...


+ + + + +



Visão de Dom Bosco


Sobre o INFERNO


= 2.ª Parte =



* * *



Perguntei ao Guia:

- Onde é que nos encontramos?
O que é isso?!

- Lê naquela porta, e pela inscrição saberás
onde estamos
- respondeu...

Olhei e vi escrito na porta:


" UBI NON EST REDEMPTIO ! "

[Onde não há redenção!]


E logo percebi que chegámos, finalmente, às...

PORTAS DO INFERNO !...


* * *

Então, o Guia levou-me a fazer o contorno das muralhas daquela horrível cidade.
De espaço a espaço, a uma distância regular, via-se uma porta de bronze, como a primeira, também no ponto final duma espantosa vertente, e todas as portas tinham uma inscrição latina, distinta das anteriores...



"Discedite, maledicti, in ignem aeternum, qui paratus est diabolo et angelis eius... Omnis arbor quae non facit fructum bonum excidetur et in ignem mittetur!"

[Afastai-vos, malditos, ide para o fogo eterno, que está preparado para o Diabo e seus anjos... Toda a árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo!]...


+ + +


Peguei num lápis para copiar as inscrições; mas o Guia disse-me:

- O que estás a fazer?
Não é preciso, pois estão todas na Sagrada Escritura.
Algumas delas até mandaste colocá-las nas portas
[do Oratório].

Diante de tão horrível espectáculo, eu teria desejado voltar para trás, regressando ao Oratório, e já havia dado alguns passos, mas o meu Guia nem se moveu.
Percorremos um imenso e profundíssimo barranco, e novamente encontramo-nos diante da primeira porta, aos pés da vertente por onde havíamos descido.
De repente, o Guia recuou e, com o rosto entristecido e desfeito, fez sinal para que me afastasse, dizendo:

- Observa!
- ordenou ele.

Assustado, voltei os olhos para trás, e vi a uma grande distância, naquele inclinadíssimo caminho, alguém que caía precipitadamente. Conforme se ia aproximando, procurava fixar-lhe o rosto, e finalmente reconheci nele um dos meus jovens!
Os seus cabelos, em parte desordenados e eriçados, em parte lançados para trás pelo efeito do vento; e os seus braços, estendidos para adiante, em atitude de quem nada para escapar do naufrágio.
Ele queria parar, mas não podia; tropeçava nas pedras salientes do caminho e elas mesmas serviam para dar-lhe mais impulso na queda!

- Corramos, vamos pará-lo e ajudá-lo! - dizia eu, enquanto estendia para ele as mãos.
- Não, deixa! - dizia-me o Guia.

- Por que não posso pará-lo?
- Não sabes como é terrível o Juízo de Deus?
Porventura, crês que és capaz de parar alguém que foge da cólera acesa do Senhor?

Entrementes, o jovem, voltando a cabeça para trás e olhando com olhos esbugalhados, a fim de ver se a ira de Deus o perseguia, lançava-se para o abismo, na direcção da enorme porta de bronze, como se na sua fuga não pudesse encontrar melhor refúgio!

- Porquê - perguntei eu -
aquele jovem olha para trás com tanto espanto?
- Porque a ira de Deus atravessa as portas do Inferno e vai atormentar até ao meio do fogo.

E, perante aquela terrível queda, logo abriu-se, com grande estrondo, a porta do Inferno!
Por trás dela, abriram-se ao mesmo tempo, com um estrondo ensurdecedor, dez, cem, mil portas mais, empurradas pelo jovem, o qual era levado por um torvelinho invisível, irresistível, velocíssimo!
Assim, todas as portas infernais, umas defronte das outras, embora a grande distância, ficavam num instante abertas!


Vi no fundo do túnel, muitíssimo distante, como que a boca dum enorme forno, e enquanto o jovem se precipitava naquela voragem, soltaram-se grandes bolas de fogo!
E todas as portas logo voltaram a fechar-se, com a mesma rapidez com que se tinham aberto.
Peguei então na minha caderneta, para escrever o nome daquele desgraçado, mas o Guia, segurando-me pelo braço, intimou-me:

- Espera, e observa novamente!

Olhei, e então presenciei uma nova e terrível cena:
Vi que, por aquela mesma vertente, precipitavam-se outros três jovens do nosso Oratório, os quais, à semelhança de três pedras, rolavam velozmente, um após o outro!
Eles tinham os braços abertos e urravam de terror!
E chegaram assim ao fundo do abismo, de encontro à primeira porta.

No mesmo instante, reconheci esses três jovens.
De igual modo, a grande porta logo se abriu e, por trás dela, as outras mil.
Sendo os jovens projectados nesse horrível turbilhão, ouviu-se um enorme rumor infernal, que se afastava rapidamente, logo desaparecendo e cerrando-se as portas!

E ainda vários outros rapazes, a pouco e pouco, foram caindo atrás desses!
Vi também cair um pobrezinho, empurrado por um pérfido companheiro!
Uns caíam sós, e outros acompanhados; uns seguros pelo braço, e outros soltos, ainda que bastante juntos uns dos outros.
E todos levavam escrito na fronte o seu pecado!

Eu chamava-os com grande aflição, enquanto caíam, mas os jovens não me ouviam.
Retumbavam as portas infernais, ao abrirem-se, e fechavam-se logo depois, seguindo-se um silêncio sepulcral.

- Eis as três causas principais de tantas condenações: os maus livros, os maus companheiros e os hábitos perversos!
- exclamou o meu Guia.

Os tais
laços, que antes tinha visto, eram os vícios e pecados que arrastava os jovens para o precipício infernal!
Ao ver caírem tantos jovens, eu comentei, com a voz desolada:

- Mas então será inútil trabalharmos nos nossos colégios, se são tantos os rapazes que aguardam tão horrível fim!?
Não haverá nenhum outro remédio, para impedir a perda de tantas almas?!

Respondeu-me o Guia:
-
Esse é o estado actual em que eles se encontram, pelo que se morressem agora, para cá viriam, inevitavelmente!
- Nesse caso, deixa-me anotar os seus nomes, para que eu possa avisá-los e pô-los no caminho do Paraíso.

- E crês que algum deles, uma vez avisado, corrigir-se-ia?
No primeiro momento, o aviso impressioná-lo-ia; depois, desprezá-lo-ia, pensando: "Um sonho!", e assim ficaria ainda pior do que antes!
Outros, sabendo-se descobertos, frequentariam os Sacramentos, mas sem boa vontade e sem mérito, porque não o fariam dignamente!
Outros ainda, confessar-se-iam, mas só por temor momentâneo do Inferno, sem arrancar do seu coração o afecto ao pecado!

- Não há, então, remédio para esses desgraçados?
Mostra-me um remédio eficaz, que possa salvá-los.
- Eles têm Superiores: Que lhes obedeçam!
Têm um Regulamento: Que o observem zelosamente!
E têm os Sacramentos: Que os frequentem dignamente!


Nesse meio tempo, precipitou-se outro bando de jovens, e as portas do Inferno ficaram abertas por uns instantes...

- Entra tu também!
- aconselhou-me o Guia.
Mas logo hesitei, horrorizado!
Estava com a ideia de que devia voltar já ao Oratório, para avisar os jovens e segurá-los, para que nenhum deles se perdesse.

Mas o Guia insistiu:
- Vem, e aprenderás muitas coisas!
Diz-me antes, porém: queres ir só, ou acompanhado?

Ele disse isso para que eu reconhecesse a insuficiência das minhas forças, e ao mesmo tempo a necessidade da sua benévola assistência.

Pelo que respondi:
- Só?! A esse lugar de horrores?! Sem ser ajudado pela tua bondade?
E quem é que poderia ensinar-me o caminho de regresso?

Mas, no mesmo instante, senti-me cheio de coragem, pensando comigo mesmo:
Só pode ir para o Inferno quem já foi julgado, e eu ainda não o fui.
Em consequência disso, exclamei resoluto:
- Entremos, pois!

Adentrámos naquele estreito e horrível corredor.
Corremos nele com a velocidade do relâmpago.
Em cada uma das portas interiores, brilhava, com tétrica luz, uma inscrição ameaçadora.
Quando acabámos de percorrê-lo, fomos parar num vasto e tenebroso pátio, em cujo fundo via-se uma grande e horrível porta, como jamais vi igual, e nela estavam escritas estas palavras:

"Ibunt impii in ignem aeternum!"
[Os ímpios irão para o fogo eterno!].


Todas as paredes em volta estavam cheias de inscrições.
Pedi permissão ao Guia para lê-las, e ele respondeu-me:
- À tua vontade.
Então, examinei tudo...

Num lugar, vi escrito:
"Dabo ignem in carnes eorum ut comburantur in sempiternum!"
[Darei fogo às suas carnes para que se queimem eternamente!].
"Cruciabuntur die ac nocte in saecula saeculorum!"
[Serão atormentados dia e noite, pelos séculos dos séculos!].

Noutro lugar:
"Hic universitas malorum per omnia saecula saeculorum!"
[Aqui está o conjunto dos males, pelos séculos dos séculos!].

E noutro:
"Nullus est hic ordo, sed horror sempiternus inhabitat!"
[Aqui não há ordem, mas habita horror eterno!].
"Fumus tormentorum suorum in aeternum ascendit!"
[Eternamente, estará subindo o fumo dos seus tormentos!].

E ainda noutro:
"Non est pax impiis!"
[Não há paz para os ímpios!].
"Clamor et stridor dentium!"
[Clamor e ranger de dentes!]...

Enquanto eu estava lendo as inscrições em volta, o Guia, que havia ficado no meio do pátio, aproximou-se e disse-me:

- A partir daqui, ninguém mais poderá ter um companheiro que o sustente, um amigo que o conforte, um coração que o ame, um olhar compassivo, uma palavra benévola; passámos a linha...
Queres ver, ou experimentar?
- Só quero ver -
respondi.
- Vem, então! - acrescentou o Guia, tomando-me pela mão.

Levou-me assim diante daquele portal, e abriu-o.
Comunicava com um espaço, em cujo fundo havia uma grande cova fechada, com uma ampla janela dum só cristal, que ia desde o piso até ao tecto, e através do qual se podia divisar o interior...
Mas logo dei um passo para trás, retrocedendo até ao umbral da porta, tomado por indescritível terror!

Apareceu diante de meus olhos uma espécie de imensa caverna, que se perdia como nas entranhas duma montanha, cheia de fogo, não como o vemos na Terra, com chamas vivas, mas um fogo tal e tão ardente que tudo o que havia em torno estava torrado e embranquecido pelo excesso de calor!
Paredes, tectos, chão, ferro, pedra, lenha, carvão, tudo estava branco e incandescente!
Com certeza, o fogo era de milhares e milhares de graus de calor; mas nada se reduzia a cinzas, nada se consumia!
Não sou capaz de descrever aquela horrível caverna, em toda a sua espantosa realidade...

"Praeparata est enim ab hero Thopheth, a rege praeparata, profunda et dilatata. Nutrimentum eius, ignis et ligna multa: flatus Domini sicut torrens sulphuris succendens eam"
(Isaías 30, 33).
[Desde muito tempo, foi Thopheth preparada pelo seu dono, foi preparada pelo rei, profunda e larga. O seu alimento é fogo e muita lenha; o sopro do Senhor, como uma torrente de enxofre, mantém-na acesa].


Enquanto eu olhava tudo aquilo, estarrecido, vejo inesperadamente cair, com fúria incoercível, um jovem, o qual lançando um grito lancinante, como o duma pessoa que estivesse ao ponto de cair num lago de bronze derretido, precipita-se no meio do fogo, tornando-se incandescente como toda a caverna, e fica imóvel, ressoando por uns instantes o eco da sua voz agoniada!
Cheio de horror, fixei os olhos no jovem, e pareceu-me ser um do Oratório, um dos meus filhos!

- Mas, não é este um dos meus rapazes?! Não é fulano de tal? - perguntei ao Guia.
- Sim, é ele mesmo - respondeu-me.

- E por que é que ele não muda de posição? Como é que está assim incandescente e não se consome? - perguntei-lhe.
-
Preferiste ver, por isso agora não me fales. Olha e verás...

"Omnis enim igne salietur et omnis victima sale salietur!"
(S. Marcos 14, 15)

[Será salgado com fogo e toda a vítima se condimentará com sal!].

Mal havia voltado os olhos, quando outro jovem, com um furor desesperado e a grande velocidade, corre e se precipita na mesma caverna!
Também ele era do Oratório.
Mal caiu, já não se moveu mais, e também ele havia lançado um grito lancinante, e a sua voz havia-se confundido com o eco do grito daquele que caíra antes!

Chegaram depois outros, igualmente precipitados; e o seu número aumentava cada vez mais, todos lançando o mesmo grito e ficando imóveis e incandescentes, como os demais que os tinham precedido!
Observei também que o primeiro tinha ficado com a mão levantada com o pé também voltado para cima; e o segundo havia ficado como que dobrado para baixo.
Uns tinham os pés levantados; outros, a cara contra o solo; outros, estavam como que suspensos, sustentando-se com um só pé e com uma só mão!

Havia também os sentados ou estendidos, apoiados de lado, de pé ou de joelhos, com as mãos entre os cabelos.
Havia, por fim, um grande número de jovens como estátuas, em posições cada qual a mais dolorosa!
E vieram ainda muitos mais para aquela fornalha!
Jovens, que em parte eu conhecia e em parte eram desconhecidos.

Lembrei-me então do que está escrito na Bíblia:
"Como se cair pela primeira vez no Inferno, assim se ficará eternamente"...
(Lignum, in quocumque loco ceciderit, ibi erit)
[Onde cair a árvore, aí mesmo ficará]...

Aumentava cada vez mais o meu espanto, e por isso perguntei ao Guia:

- Mas esses, que correm com tanta precipitação, não sabem que vêm parar aqui?
- Oh, sim! Eles sabem que vão para o fogo!
Foram avisados mil vezes, mas correm voluntariamente por causa do pecado, que não detestam e não querem abandonar, porque desprezaram e rechaçaram a Misericórdia de Deus, que incessantemente chamava-os à penitência.
Por isso, a Justiça Divina, de tal modo provocada, empurra-os, insta-os e persegue-os, pelo que não podem parar enquanto não chegam a este lugar!

- Qual não deve ser o desespero desses desgraçados, sem a menor esperança de sairem daqui! - exclamei.
- Queres conhecer as inquietações e os furores das almas deles? Aproxima-te um pouco mais -
respondeu o Guia.

Dei alguns passos para a janela, e vi que muitos desses miseráveis se golpeavam e feriam uns aos outros, mordendo-se como cães raivosos!
Outros arranhavam-se no rosto, laceravam-se nas mãos, despedaçavam a própria carne e atiravam-na fora com desprezo!
De repente, o tecto da caverna tornou-se transparente, como de cristal, e através dele via-se um pedaço do Céu e as radiantes figuras dos seus companheiros, salvos para sempre.
Os condenados bramiam com feroz inveja, porque os justos haviam sido tratados por eles, tantas vezes, como objectos de troça e desprezo.

"Peccator videbit et irascetur; dentibus suis fremet et tabescet"
[O pecador verá e odiar-se-á, e os seus dentes rangerão].


- Diz-me: Por que é que não se ouve nenhuma voz?
- perguntei ao meu Guia.
- Aproxima-te ainda mais - aconselhou ele...

Aproximei-me do cristal da janela, e ouvi que uns gemiam e rugiam, contorcendo-se, e outros blasfemavam e imprecavam contra os Santos!
Tudo aquilo era um caos de vozes e gritos altos e confusos, pelo que perguntei ao meu companheiro:

- O que dizem eles? Por que estão gritando?
- Recordando a sorte dos seus companheiros bons, vêem-se obrigados a confessar:

"Nos insensati! Vitam illorum aestimabamus insaniam et finem illorum sine honoré!"
[Nós, insensatos, considerávamos uma loucura a vida que eles levavam, e o seu fim como sem honra!].


"Ecce quomodo computati sunt inter filios Dei et inter sanctos sors illorum est. Ergo erravimus a via veritatis!"
[Eis que eles foram contados no número dos filhos de Deus, e a sua sorte juntamente com a dos Santos. Nós afastamo-nos, pois, do caminho da verdade!].

E por isso eles vociferam:

"Lasati sumus in via iniquitatis et perditionis. Erravimus per vias difficiles, viam autem Domini ignoravimus!"

[Corremos pelo caminho da iniquidade e da perdição! Perdemo-nos por caminhos difíceis e não conhecemos o caminho do Senhor!].

"Quid nobis profuit superbia?"
[De que nos serviu o nosso orgulho?]
"Transierunt omnia illa tanquam umbra!"
[Tudo passou como uma sombra!].

Estes são os lúgubres gemidos que ali ressoarão por toda a eternidade.
Mas inúteis gritos, inúteis esforços, inútil pranto!

"Omnis dolor irruet super eos!"
[Toda a dor cairá sobre eles!].

Aqui já não há tempo, só há eternidade!...


(Continua)




+ + + + +



Fonte: Igreja Online


Atenção ao 'Tema relacionado':
"Quem não acredita na Realidade
do Inferno e do Diabo, não é Cristão"

Adaptação:
Nova Evangelização
Católica

2 comentários:

José Avlis disse...

+ + +

= Tema relacionado =

QUEM NÃO ACREDITA NA REALIDADE
DO INFERNO E DO DIABO, NÃO É CRISTÃO

Se nem os cristãos evangélicos são cépticos em relação à existência do Inferno e do Demónio, como podem sê-lo os cristãos católicos?!
Isso de tão insidiosa descrença, principalmente no caso dos 'católicos', é uma das piores heresias, um dos piores absurdos e hipocrisias...

Sim, como pode um católico descurar/ignorar radicalmente uma das principais Verdades da nossa Fé?!
Quando, muitíssimo antes da fundação do Cristianismo, da Criação do Mundo e do Homem, já havia Demónios e Inferno!...

E como se não bastasse, nem sequer, o próprio Filho de Deus Encarnado ter revelado e declarado, mais de trinta vezes, essa tremenda realidade, desde Adão e Eva não só destinada aos espíritos malignos (ex-anjos decaídos), mas também aos homens ímpios, perversos e obstinados...

No tempo de Jesus Cristo, havia muitos fariseus, escribas e doutores da lei, hipócritas, traidores e sacrílegos...
E actualmente, como se encontram os homens em geral, e em especial os cristãos, no concernente a estes e a outros defeitos, pecados e vícios, muitos deles que bradam aos Céus?

Não haja dúvida que, tragicamente, estamos ainda numa situação muito pior do que no tempo histórico do Senhor Jesus!
Agora, o mal é geral, muito mais grave e dissimulado, inclusivamente entre cristãos e católicos!?

Sim, quantos 'católicos' que se dizem praticantes, que até vão à Missa e à Comunhão - tantas vezes sacrilegamente! -, mas que já não acreditam no Inferno e no Diabo!?
E não apenas simples leigos - que por isso mesmo poderão ter alguma desculpa -, mas também muitos clérigos e religiosos consagrados!?

Como?! Um presbítero - ou até mesmo um bispo! - que não acredita em certos Dogmas católicos essenciais, tal como o da real existência do Inferno e de Satanás (para já não falar noutros como o da Presença real de Jesus na Sagrada Eucaristia)?!
Tragicamente, isto é uma das mais infelizes e frequentes realidades!...

Depois, eles próprios admiram-se porque há - cada vez mais e pior! - tantos cristãos que deixam de praticar, que vivem como pagãos, ou que passam para diversas seitas religiosas, muitas delas anticristãs!?

Depois, espantam-se porque cada vez há mais superstição, mais leviandade, mais materialismo, mais hedonismo, mais corrupção, mais erotismo e pornografia, mais homossexualismo e pedofilia, mais sacrilégios e heresias, mais cismas e apostasias!?

Finalmente, cada vez mais abortos criminosos (aos milhões!), mais adultérios, mais divórcios, mais violência familiar e conjugal, mais crianças maltratadas e enjeitadas, mais famílias desfeitas e destruídas, mais pobreza e miséria a quase todos o níveis, mais crimes, assassínios e suicídios...; enfim, um nunca mais acabar de hediondos ódios e crimes, sacrilégios e vandalismos, terrorismos e genocídios, como sendo a prefiguração da mais brutal guerra atómica que destrói tudo e todos, já neste mundo!?

A propósito, quando foi a última vez que ouvimos falar, num homilia eucarística (da Santa Missa), por exemplo, da real existência do Inferno e do Demónio, da eterna condenação dos pecadores que morrem em pecado mortal, do imenso número de almas que se perdem eternamente; ou seja, da Salvação eterna das almas acima de tudo o mais, e portanto muito antes da pobreza material e das doenças corporais, geralmente permitidas pela Divina Providência em ordem à Salvação espiritual, e logo depois do supremo Amor e Serviço a Deus, tal como preceitua a Santíssima Lei de Deus e como ensina a Palavra de Deus nas Sagradas Escrituras?...

(Conclui a seguir)

J. M.
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José Avlis disse...

+ + +

QUEM NÃO ACREDITA NA REALIDADE
DO INFERNO E DO DIABO, NÃO É CRISTÃO

(Conclusão)

E tudo isso começa por coisas aparentemente inócuas ou superficiais, como seja, por exemplo, deixar de ensinar, com a autoridade de Cristo, que realmente há Inferno eterno, assim como Demónios, espíritos malignos que vagueiam pelo mundo dos homens para a perdição das almas; tal como, aliás, o próprio Senhor Jesus foi tentado por Satanás, em pleno deserto...

E o Demónio serve-se realmente de inúmeras coisas e circunstâncias para induzir os homens ao pecado e ao desespero, ou à presunção de salvarem-se sem merecimentos; isto é, sem virtudes nem esforço próprios, sem porem a render os dons e talentos que Deus lhes confiou, directa ou indirectamente, por nascimento e por ensinamento, natural ou sobrenaturalmente...

E mais ainda: o Demónio serve-se de artifícios e falácias ambíguos e extremos, como seja o facto de muitos cristãos e católicos, inclusive inúmeros clérigos e teólogos, pensarem e ensinarem que... "Deus é 'SÓ' Amor e Misericórdia, Bondade e Clemência - e jamais Justiça!? -, e portanto incapaz de condenar quem quer que seja a penas eternas, ao Inferno, caso este exista 'apenas' para os supostos demónios"..., segundo pensam e alegam tais cristãos dissidentes e relativistas, mesmo tratando-se dos piores e mais relapsos criminosos, dos maiores pecadores escandalosos e impenitentes!?

E tudo isso, apesar de inúmeros Santos, beatificados e canonizados, terem confirmado, heróica e insofismavelmente, a Palavra de Deus dos Santos Evangelhos, segundo a qual o Inferno existe mesmo, não só para os Demónios, mas também para os homens maus e ímpios, que por isso mesmo morrem na inimizade de Deus e em pecado mortal...

E apesar de a tantos Santos ter sido revelado, quer por espantosas visões do Inferno e de Satanás, quer por várias outras comunicações particulares, sobrenaturais ou místicas, que muitíssimas almas se perdem/condenam eternamente, sobretudo devido a terem deixado de acreditar, ou de levar a sério, que o Inferno existe efectivamente, sendo tão real como a existência deste efémero mundo de provações, assim como também o facto de lá sofrer-se muito mais do que tudo quanto há de mais doloroso neste 'vale de lágrimas', e ainda com a máxima agravante de tal suplício ser mesmo eterno, para todo o sempre, irreversivelmente!...

Quem, afinal, sabe mais ou tem mais razão, merecendo mais crédito, imensamente mais confiança (Fé total):
Nosso Senhor Jesus Cristo e todos os Seus Santos..., ou os ditos clérigos e teólogos arrogantes e dissidentes, progressistas e relativistas, muitos deles heréticos e sacrílegos, claramente hostis ao Papa e à Doutrina oficial da Igreja?!

A tal propósito, disse e advertiu Nossa Senhora de Fátima:
«Rezai, rezai muito e fazei penitência pela conversão dos pecadores, pois vão MUITAS almas para o INFERNO por não terem quem reze e se sacrifique por elas»!

E vários Santos atestaram, peremptoriamente:
"A maior parte dos condenados do Inferno é a daqueles que deixaram de acreditar que ele (o Inferno eterno) existe verdadeiramente, no que consiste a maior tentação e vitória de Satanás"!...

V/. Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno;
R/. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

+ + +

J. Mariano - N. E. C.
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(Versão rectificada e actualizada)
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